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sexta-feira, 8 de julho de 2011

HOMENAGEM


Este ano o IV ENCONTRO DOS ARTISTAS TIMONENSES tem seu troféu Intitulado de Domingos Tourinho, grande nome do Teatro maranhense.

SAIBA QUEM É DOMINGOS TOURINHO

Um adolescente que em suas brincadeiras já tinha a idéia do que era cenário e figurino, não poderia escolher outra profissão que não a de ator. E foi o que fez o ator e diretor teatral Domingos Tourinho. Dono de uma vasta carreira no teatro maranhense, ele já participou de montagens de grupos como o Laborarte, Gangorra e Grita, mas foi no Teatro Experimental Anilense que se desenvolveu como ator. Tourinho foi fundador da Companhia Oficina de Teatro (Coteatro), grupo que deu origem ao Centro de Artes Cênicas do Maranhão (Cacem), grande formador de atores e atrizes em nível técnico e que já revelou muitos talentos maranhenses. Às voltas com a direção da remontagem de O Pleito, cujo texto é de Aldo Leite e que será encenado por atores do grupo Teatro Exercício, ele nos fala da sua carreira, do movimento teatral maranhense de outrora e do cenário atual.


Quando começou tua vida no teatro?
Minha carreira artística começa a se configurar na adolescência. Eu tinha um grupo de jovens no meu bairro, Cruzeiro do Anil, e na minha casa havia uma casinha que funcionava como sede e onde nos reuníamos para brincadeiras infantis, e nessas brincadeiras já colocávamos cenário e figurino. Quando brincávamos de bandido e mocinho, por exemplo, já tínhamos o figurino, como cartucheiras e coletes, cocar de índio, acessórios como armas, e fazíamos um cenário com ocas e outras casas. Então minha inclinação artística vem desde esse período. Em 1973, fui chamado por uma produção do Festival de Teatro do Cema, para participar de um espetáculo que iria concorrer nesse festival, que era O Caso dos Pirilampos, onde fiz o Rei Sol, composto de dois personagens, que eram o mormaço e o sol. Ganhamos o primeiro lugar.


Então foi a partir daí que tua carreira como ator começou de fato?
Sim. Nesse festival tive contato com Reinaldo Faray, Aldo Leite, Ubiratan Teixeira e Tácito Borralho, que faziam parte da comissão julgadora. No ano seguinte, em 1974, eu entrei para o Laborarte, onde fiz o espetáculo O Mártir do Calvário, dirigido pelo saudoso Cecílio Sá e Tácito Borralho. Em 1975, saio do Laborarte, onde fiquei somente um ano, e vou para outro grupo, chamado Grupo de Teatro Livre, no Anil. Nesse grupo, participei na Mostra de Teatro de 1975 e recebi um convite do Teatro Experimental Anilense, que eu considero como meu grupo de origem, que é onde eu tive maior desenvolvimento na comunidade do Anil, que aconteceu no período de 1977 até 1988. Também participei de montagens de outros grupos, como o Grita, o Gangorra e outros. Foi nessa época que o movimento teatral maranhense da Federação de Teatro, da qual fui presidente em 1986 e 1987, começa a esfacelar por causa da situação política do país, um período de transição política, saindo de uma ditadura, que nos estimulava a criar metaforicamente os espetáculos para denunciar toda essa violência da liberdade de expressão e do cerceamento de qualquer tipo de iniciativa, sobretudo no campo das artes.

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